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Mitos e verdades sobre o Déficit de Atenção e Hiperatividade

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Dificuldade em prestar a atenção, impulsividade, problemas de comportamento, inquietude, impressão que está sempre no mundo da lua e rendimento ruim,esse é o perfil do portador de um transtorno relativamente comum e ainda muito pouco comentado: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). É uma doença de descrição relativamente recente, sendo melhor estudada e difundida após os anos 80. É crônica, de início na infância e 3 vezes mais comum em meninos. Acredita-se que cerca de 5 % da população tenha esse distúrbio, que pode perdurar por toda a vida e trazer importante comprometimento da qualidade de vida da pessoa e seus familiares. O reconhecimento preciso e o tratamento direcionado reduzem de forma importante o comprometimento funcional.

Segundo o neurologista Leandro Teles, formado e especializado pela Universidade de São Paulo: “O TDAH é um distúrbio cerebral complexo que geralmente acompanha o paciente durante toda a vida. O diagnóstico baseia-se na história clínica, que traz, em nível variado: desatenção, impulsividade e hiperatividade”.

O problema não é anatômico e não aparece em exames. A dificuldade é na função dos neurônios da região mais anterior do cérebro (chamado lobos frontais). “Acredita-se que haja disfunção das vias que regem a concentração, regulam o sistema de previsão de resultados e garantem um comportamento mais sereno e produtivo”, explica o especialista, e conclui: ”Sem essa regulação, a pessoa parece ligada no 220, fica aérea, agitada, age por impulso antes de pensar adequadamente, dissipa sua energia mental e tem seu rendimento comprometido”.

Por ser um problema relativamente novo e ainda pouco difundido, convidamos o neurologista para elucidar alguns mitos e verdades a cerca do TDAH:

1)  O TDAH é diferente entre meninos e meninas.

Verdade: A doença é mais comum em meninos e se manifesta de forma mais perceptível neles. Os meninos com TDAH são mais hiperativos e impulsivos, o que gera mais incomodo em casa e na escola. As meninas com TDAH são mais desatentas, desligadas e por vezes não são hiperativas, isso gera maior atraso e dificuldade de diagnóstico.

 

2)  Os portadores de TDAH são menos inteligentes que a população geral.

Mito: O TDAH altera a concentração e gera uma taxa maior de erros. No entanto, são crianças e adultos de inteligência normal ou até acima da média. Quando adequadamente tratados e motivados são capazes de feitos intelectuais extraordinários. Agora, sem diagnóstico e orientação, dissipam sua energia intelectual por não canalizarem seu esforço na resolução de problemas.

3)  Os remédios fazem mais mal que a própria doença.

Mito: Os medicamentos são fundamentais na condução de casos mais intensos, tendo um bom custo / benefício. Obviamente, devem ser prescritos sempre pelo médico e podem apresentar efeitos colaterais que devem ser manejados no seguimento regular.

 

4) Quem tem problema de atenção tem problema de memória.

Verdade: A memória depende diretamente da atenção. Para fixar adequadamente uma vivência é fundamental atentar para ela, destacá-la do contexto e criar adequadas pistas mentais para resgatá-la no futuro. Pessoas desatentas queixam-se, invariavelmente, de problemas de memória.

5) O problema se resolve quando a criança entra na idade adulta.

Mito:  Em grande parte dos pacientes o problema adentra pela vida adulta. Isso pode gerar problemas no trabalho, na vida social e mesmo na vida econômica, uma vez que o grau de responsabilidade e o nível de cobrança aumentam progressivamente.

6) O diagnóstico nem sempre é fácil.

Verdade: O diagnóstico se confunde com problemas de criação, educação, dislexia, ansiedade e outros problemas psiquiátricos. Por vezes, faltam informações sobre a infância (quando o paciente procura ajuda já adulto), a doença pode também ser acompanhada de outras patologias (distúrbios de sono, abuso de drogas, transtornos de conduta, depressão, etc…) e existe ainda algum preconceito com esse tipo de diagnóstico.

7- Quanto antes for identificado melhor é o tratamento.

Verdade: O diagnóstico suspeito na fase pré-escolar e confirmado por volta dos 7, 8 anos de idade traz consigo toda uma reestruturação ambiental, familiar e escolar que leva a melhores resultados escolares, sociais e profissionais. No entanto, o tratamento pode e deve ser introduzido a qualquer momento que se faça o diagnóstico, mesmo quando feito na vida adulta.

 

8-  A parte mais importante do tratamento é o medicamento.

Mito: Os medicamentos são importantes, mas o carro chefe do tratamento é o autoconhecimento, aliado aos ajustes ambientais, à readequação familiar, às atividades físicas e ao tratamento das comorbidades (doenças associadas).

9- O TDAH é fruto da dieta ou da dinâmica dos tempos modernos.

Mito: O transtorno tem importantes determinantes genéticos e provavelmente existe a séculos (mesmo antes de sua descrição). Não é causado por consumo excessivo de calorias ou doces, nem por excesso de videogame ou televisão. O risco de um familiar de alguém com TDAH ter problema semelhante é mais alta que a população geral.

 

 

SUGESTÃO de LINK para testagem informal acerca dos sintomas (site Associação Brasileira) – Em caso de suspeita clínica procure um Neuropediatra / Psiquiatra infantil (crianças) ou Neurologista / Psiquiatra (adultos):

ADULTOS:

http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/diagnostico-adultos.html

CRIANÇAS:

http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/diagnostico-criancas.html

 

Fonte – Neurologista Leandro Teles (CRM 124.984) –www.leandroteles.com.br

 

 

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