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agosto 21, 2013Nosso Sistema Nervoso é composto basicamente pelo cérebro, a medula espinhal e uma extensa rede de nervos periféricos. Esses nervos trazem toda a sensibilidade para o cérebro e levam todas as ordens motores para os músculos. Quando a função do nervo está alterada surgem formigamentos, dores em choque, perda de sensibilidade e até fraqueza muscular, em alguns casos.
Neuropatia Periférica é um conjunto heterogêneo de doenças que levam a danos nos nervos periféricos. As causas são variadas: diabetes, álcool, trauma, etc. Reconhecendo o problema no início podemos estabelecer a causa da disfunção e evitar um dano irreversível.
Segundo o Neurologista Leandro Teles, membro da Academia Brasileira de Neurologia: “Os nervos são estruturas bastante sensíveis e podem ser comprometidos por trauma, medicamentos, uso de álcool, doenças sistêmicas como a diabetes, o hipotireoidismo, além de doenças genéticas e infecciosos. Um diagnóstico preciso exige uma investigação abrangente e precoce, a fim de evitar uma sequela neurológica”.
O problema pode ocorrer em qualquer idade, mas as causas mais comuns ocorrem acima dos 40 anos. Os sintomas são variáveis de acordo com a causa e a intensidade. “O mais típico é o aparecimento bilateral e simétrico de alteração sensitiva iniciando nos pés e subindo, como um formigamento ou perda de sensibilidade. No entanto, existem formas como atrofia e fraqueza, assimetria, ou mesmo começando nas mãos”, explica o especialista.
O quadro pode ser agudo, evoluindo em alguns dias, ou mais crônico, piorando em meses ou anos. Muita gente deixa passar os sintomas iniciais e só procuram ajuda quando apresentam dificuldade para andar, feridas no pé, quando não tem mais sensibilidade ou quando os membros superiores são acometidos. Nestes casos, a recuperação pode não ser mais a mesma. “A neuropatia periférica, que é como chamamos o conjunto de doenças do nervos periféricos é geralmente a ponta de um Iceberg, vem sinalizar uma doença oculta, como a carência de vitamina B12, um problema de tireoide, a presença de um medicamento tóxico, uma diabetes mais avançada, um tumor oculto, etc. Vale muito a pena procurar o Neurologista na fase ainda de formigamentos para tentar barrar o processo e auxiliar o corpo como um todo”, aconselha Teles.
Para investigar a causa, geralmente são necessários exames de sangue e, eventualmente, um exame chamado eletroneuromiografia que estuda a condução elétrica do nervo e visa identificar o tipo, a distribuição e a intensidade da lesão.
O tratamento é dividido em 4 medidas principais:
1) Tratar a causa (30% das vezes a causa pode permanecer obscura)
2) Medicamentos para reduzir sintomas (formigamento, por exemplo)
3) Reabilitação física especializada
4) Cuidados com o membro afetado
Trata-se de um problema de fácil percepção, investigação e com tratamento efetivo, principalmente em casos iniciais e com causa reconhecida.