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Doenças Psicossomáticas

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Mente sã, corpo são!

Quem nuca ouviu isso alguma vez na vida? Mesmo que não seja uma verdade universal, certamente existe muita sabedoria dentro dessa pequena frase.

Psicossomática é um termo abrangente que aborda as complexas relações entre ocorrências psíquica e eventos físicos (somáticos), tanto na geração de saúde como na geração de doença.

A grande maioria das doenças é fruto de uma composição de eventos de suscetibilidade, como exposição, genética, contexto, etc. Nesse mosaico causal entra o aspecto emocional, gerando, agravando, simulando ou atenuando a expressão física.

A verdade é que existe uma via de mão dupla: aspectos físicos modificam a psiquê e aspectos psíquicos modificam a expressão física.

O cérebro possui diversas formas de intervir na saúde física e na expressão de sintomas, a saber:

  1. Sistema cardio-vascular: o cérebro controla (via Sistema simpático e parassimpático) a frequência cardíaca, o ritmo, a contração cardíaca e a pressão arterial.
  2. Sistema endocrinológico (hormônios): o cérebro gerencia a secreção de diversos hormônios. Dentro dele fica a glândula Hipófise (chamada de maestra), que controla o funcionamento de outras glândulas, tais como: tireoide, ovários e adrenal. O sistema nervoso pode alterar a secreção em diversas ocasionais, apresentando mais uma via de impacto físico baseado em sua condição psíquica.
  3. Sistema gastro-intestinal: o cérebro comanda o funcionamento do estomago e intestino. É muito comum sintomas gástricos e intestinais em descompensações psíquicas.
  4. Sistema imunológico: o sistema nervoso central também impacta positiva ou negativamente no sistema imunológico. Em fase de maior estresse, por exemplo, a imunidade pode cair e facilitar as infecções virais, como resfriados, diarreias e reativação do herpes.
  5. Comportamento: aqui está a principal alça de intervenção da mente na saúde física. O cérebro é o grande tomador de decisões, é o órgão responsável pelas nossas escolhas. Uma mente adoecida gera comportamentos disfuncionais. Gerencia mal o tempo, faz escolhas alimentares e de hábito menos saudáveis. Por isso que a saúde global exige uma psique saudável, escolhas ruins, percepção ruim e estratégias ruins levam a um risco maior de adoecimento. A obesidade, por exemplo, os abusos de substancias, a á aderência a medicamentos, a dificuldade de gerenciamento do sono, etc. Todos são ótimos exemplos de escolhas e comportamentos patológicos que refletem diretamente na saúde física.
Mecanismos de ação cerebro / corpo
1-   Cardiovascular
2-   Endocrinológico
3-   Gastrointestinal
4-   Imunológico
5-   Comportamental

Doenças psicossomáticas

O cérebro pode influenciar de forma variável na descompensação ou na causa de uma doença. Existem diversas patologias clínicas (físicas e geralmente crônicas) que apresentam piora em fases de tensão e estresse, por exemplo:

Exemplos de doenças que pioram em fases de estresse
Enxaqueca Asma
Insônia Doenças de pele
Diabetes Fibromialgia
Doenças autoimune Gastrite
Arritmias Intestino irritável
Distúrbios do colesterol Hipertensão

E essa lista é interminável….
Nestes casos, existe uma doença física conhecida, que é agravada (amplificada em sua expressão), por aspectos psíquicos.

Outras vezes o cérebro converte um dilema mental (psíquico) em um sintoma físico, criando uma “doença” inexistente, pelo menos não fisicamente. Chamamos de transtornos somatoformes, sendo a forma principal o evento conversivo. Esse nome vem da ideia de converter um transtorno psicológico em um sintoma físico. Funciona como um sinal de alerta e como proteção psíquica.

As vezes o paciente passa por diversos médicos até que seja determinado uma patologia estritamente psíquica explicando os sintomas apresentados.
Sintomas Psicossomáticos comuns:

Suspeita de doença psiquica com expressão somática
1-   Alterações gastrointestinais
2-   Fadiga
3-   Dores e formigamentos
4-   Tontura
5-   Obesidade
6-   Sintomas neurológicos
7-   Desmaios

Pessoas mais susceptíveis a problemas da linha psicossomática são mulheres, jovens e com perfil psíquico com maior dificuldade em verbalizar e em lidar com dilemas psicológicos e eventos de vida. A presença de histórico familiar, quadros de depressão e outros transtornos mentais também aumentam o risco.

Diagnóstico

O diagnóstico de transtornos psicossomáticos não é fácil. O médico deve se valer do contexto clínico e de muita experiência clínica. É fundamental uma avaliação completa para identificar o componente psíquico e o somático, para criar uma estratégia completa no tratamento.
Cada caso é um caso, mais existem algumas dicas para suspeitar de componentes psicossomáticos importantes:

Suspeita de doença psiquica com expressão somática
Sintomas flutuantes
Situacionais
Exames normais
Manifestações atípicas
Comorbidades Psiquiátricas / contexto

Tratamento

O tratamento deve ser absolutamente personalizado e visar alívio do sofrimento, investigação abrangente e equipe multidisciplinar (preferencialmente com psicólogos associados).

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