Enxaqueca
outubro 13, 2015AVC
outubro 27, 2015Após um longo e árduo ano de estudos, chega enfim a esperada prova do ENEM. Toda uma vida escolar cobrada em duas tardes, sob a pressão do tempo, da cobrança (interna e externa), da ansiedade, etc. É um momento em que precisamos de toda nossa capacidade mental, para resgatar com eficiência os conceitos aprendidos anteriormente e mostrar todo nosso arsenal intelectual para resolver os problemas propostos pelo temido examinador.
O rendimento cerebral no dia de uma prova como o ENEM é exigido de forma complexa e abrangente. Controle emocional, foco, capacidade de evocação (memória), estratégia, raciocínio lógico, criatividade e rapidez são as modalidades cognitivas mais importantes nessa hora.
A missão durante a prova é realmente árdua: abrir a gaveta mental certa (de acordo com o tema), relacionar áreas diferentes do conhecimento (interdisciplinaridade), buscar na montanha de conhecimentos prévios a informação precisa para “matar” determinado dilema, fugir das pegadinhas, controlar o ritmo de resolução, escapar dos brancos, etc. Ufa! Uma verdadeira maratona cerebral, aonde os detalhes podem fazer toda a diferença. Não basta estar preparado, é fundamental conseguir acessar a informação com segurança, velocidade e não oscilar no transcorrer da prova.
Pecar por falta de estudos e preparo é uma coisa. Ir mal na prova por descuido, ansiedade e brancos, é outra completamente diferente. O preparo do aluno deve, sem dúvida, incluir medidas para reduzir o risco de ter um dia mentalmente ruim bem na hora de demonstrar todo seu potencial escolar.
Seguem algumas dicas para uma boa performance no dia da prova:
- Grau de Cansaço: Um cérebro descansado é sempre mais confiável. Procure dormir bem na semana que antecede a prova e reduzir a carga de estudos. Priorize revisões leves e temas que você tenha mais facilidade e domínio. Também não abuse na atividade física, prefira exercícios aeróbicos leves, alongamentos, atividades ao ar livre. Isso ajuda a suportar a tensão muscular durante a prova e controla o sono e a ansiedade.
- Controle Emocional: Ansiedade e o estresse fazem parte do pacote, não tem jeito. A adrenalina e o medo do fracasso ajudam o cérebro em motivação e foco. O problema é a dose! Excesso de tensão e ansiedade eleva o risco de erros bobos, dificulta a percepção de detalhes e provoca os temidos brancos (falhas grosseiras de evocação de conteúdo já sedimentado). Para reduzir a ansiedade é fundamental cumprir o cronograma de estudos, entender a limitação do processo (é impossível saber e dominar todo o conteúdo), praticar atividades de lazer e atividade física com certa regularidade, trabalhar a respiração (que deve ser lenta e profunda) e retirar a carga de importância do evento (na hora H o aluno precisa apenas responder com tranquilidade, nada de ficar martelando que é o evento mais importante de sua vida, que não pode falhar, que o mundo acabará se não for bem, etc. , isso não ajuda em nada a encontrar a resposta correta).
- Confiança: É muito importante entrar confiante e manter essa confiança durante a prova! A insegurança leva a perda de tempo e contamina todo o rendimento durante a avaliação. Evite estudar temas novos ou muito complexos nos dias que antecedem a prova. Valorize o que você estudou durante o ano, não fique pensando naquilo que você não estudou ou não aprendeu. Trabalhe sua autoestima. Inicie a prova com assuntos que você domina, isso traz segurança, motivação e ajuda no controle de tempo. Não fique emocionado e fragilizado com questões que você não sabe a resposta. Toda prova tem questões difíceis e até questões imprecisas, mas cada teste vale a mesma coisa. Não permita que questões específicas tirem sua estabilidade. Não sabe a resposta, siga com tranquilidade e volte nas questões complicadas apenas no final, isso evita desgaste e perda excessiva de tempo.
- Estratégia de prova: Toda missão exige uma estratégia. A prova não seria diferente. Conheça bem as regras do jogo, o tempo total, o número de matérias e questões por matéria. Atribua tempos específicos de acordo com o grau de dificuldade individual. Seja frio e calculista. Você precisa pontuar! Chegue com antecedência, documentação OK, gerencie a dinâmica de prova, preencha o gabarito com tranquilidade, etc.
- Alimentação: Nada de fazer a prova com fome ou sede. Alimente-se adequadamente nos dias que antecedem a prova e, principalmente, durante a prova. Evite alimentos duvidosos e excessos alimentares (isso lentifica o processo mental e dá um baita sono também). Prefira alimentos leves, de fácil digestão e com um bom perfil nutricional. Carboidratos integrais, frutas, massas leves, barras de cereais, são boas pedidas. Mantenha boa hidratação mas evite o excesso de líquidos para não ficar com vontade de ir ao banheiro, o que t ira um pouco o foco da resolução (aliás, sempre se planeje para ir ao banheiro logo antes de entrar na sala de prova). Durante a prova tenha em mão algum alimento rápido e um pouco de agua, a atividade mental junto com a ansiedade causa um razoável gasto energético, além da água reduzir um pouco a tensão nos momentos difíceis.
- Facilite a evocação: O cérebro precisa encontrar as gavetas mentais para evocar o conhecimento. Cada parte da prova versa sobre um universo peculiar. Uma dica é tentar evitar ficar pulando de uma matéria para outra sem necessidade, procure entrar em determinada matéria na e encerrar as questões desse tópico. Outra sugestão é mentalizar, por alguns segundos, coisas relacionadas ao tema que você irá adentrar, o rosto dos professores da matéria, a capa da apostila ou livros, a visão dos temas básicos, etc. É um exercício mental de poucos segundos que leva o cérebro para o contexto correto e ajuda na evocação do conteúdo específico.
- Valorize o insight e sua intuição: Nem tudo é lembrança consciente ou raciocínio lógico. Nosso cérebro trabalha com impressões por vezes dissociadas de linguagem e de rastro de lembrança. Chamamos isso de intuição ou insight, uma impressão subjetiva e desancorada de que algo está correto ou não, ocorrerá ou não. Na prova, na ausência de capacidade cognitiva de resolver conscientemente um teste, chute e arrisque baseado na impressão subjetiva e intuitiva inicial, a chance de acerto é maior. É muito comum trocar o chute por tentar racionalizá-lo e se arrepender depois.