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novembro 25, 2015A ansiedade é um dos transtornos mais comuns nos tempos de hoje. Estima-se que cerca de 15% da população adulta sofra ou irá sofrer com ela, em grau elevado. Sua expressão é bem variável, mas é sempre marcada por preocupação excessiva, medo desproporcional e tensão antecipatória, associados a uma gama extensa de sintomas físicos (mediados pela descarga excessiva de adrenalina). A aproximação do final do ano é um período de vulnerabilidade para muitas pessoas. Entre os principais determinantes da piora dos quadros ansiosos nessa época estão o acúmulo de afazeres, encerramento de ciclo, festas de final de ano, viagens, mudanças no hábitos do sono, expectativa de mudanças, entre outros.
Todo mundo, hora ou outra, sente-se ansioso diante de uma situação urgente, intensa, importante, apresentando sintomas típicos da ação da adrenalina no corpo, como taquicardia, tremores, sudorese, pupila dilatada, etc. Agora, a resposta é motivada, direcionada e proporcional ao evento que a provocou, dura um certo tempo e depois desaparece. Nesse caso, não temos um transtorno, e sim uma resposta absolutamente fisiológica e normal diante da apreensão. Na ansiedade patológica (excessiva), os sintomas desagradáveis são absolutamente desproporcionais e não direcionados, incomodam o paciente em situações cotidianas e causam franco comprometimento do rendimento profissional, escolar e social. Cada um manifesta a ansiedade de um jeito. Alguns apresentam sintomas contínuos ou quase contínuos. Já outros, crises agudas entremeadas de períodos normais. Outras manifestações frequentes são: comportamentos compulsivos (principalmente compras e comida), a esquiva fóbica (comportamento evitativo de situações que possam gerar ansiedade), o medo de passar mal ou perder o controle (agorafobia), síndromes depressivas, etc.
RECONHECENDO OS SINTOMAS da ANSIEDADE:
PRINCIPAIS SINTOMAS PSÍQUICOS de ANSIEDADE |
Angústia |
Medo |
Tensão antecipatória |
Irritabilidade |
Medo de passar mal |
Impulsividade |
PRINCIPAIS SINTOMAS FÍSICOS de ANSIEDADE |
Taquicardia |
Falta de ar |
Insônia |
Tensão Muscular |
Alterações gastrointestinais |
Sudorese |
AS DIVERSAS FACES DA ANSIEDADE:
Os tipos mais comuns de ansiedade patológica são:
- TAG: essa sigla significa transtorno de ansiedade generalizada, esse tipo muito comum a pessoa sente-se ansiosa de forma quase contínuo, na maioria dos dias, como se estivesse com nível aumentado de tensão.
- Síndrome do Pânico: definida por crises agudas e intensas, com taquicardia, falta de ar, formigamentos e sensação de morte iminente. A pessoa é tomada por medo, angustia e pode ter a franca impressão que está tendo um infarto, arritmia ou um quadro neurológico.
- TOC / Compulsões: a base do comportamento compulsivo é a ansiedade. Os sintomas ansiosos são aliviados com comportamentos compulsivos, após o alívio transitório a ansiedade retorna e gera um novo ciclo do comportamento, fechando o loopingque define o transtorno.
- Estresse pós-traumático: essa forma é precipitada pela vivência de algo muito estressante, que passa a gerar sintomas crônicos de revivência, sintomas físicos e psíquicos típicos de ansiedade, pesadelos, etc.
- Fobias e agorafobia: fobias são situações peculiares capazes de precipitar sintomas ansiosos, de percepção de risco e medo em pessoas susceptíveis. Entre as fobias mais comuns estão: fobia social, claustrofobia (receio de locais fechados), medo de altura, etc. A agorafobia é o medo de passar mal, de perder o controle, ela ocorre com frequência em paciente que passaram por crises fortes de ansiedade e se torna um sintoma frequente limitante, por precipita esquiva de situações de risco por parte dos portadores.
As causas da ansiedade são variadas e envolvem aspectos genéticos, hormonais, contexto de vida (ocorrências), hábitos, etc. No final do ano as pessoas ficam mais susceptíveis ao agravamento de sintomas ansiosos, podendo evoluir mais compulsivas (alimentos e compras principalmente), mais tensas e irritadas, com percepção ampliada de estresse e preocupação antecipatória. Na correria do dia-a-dia podem experimentar momentos alterações respiratórias, tonturas, alterações gastrointestinais, dificuldade para pegar no sono, tremores nos olhos, entre outros sintomas compatíveis com elevação da ansiedade. Por isso, é fundamental fazer prevenção da ansiedade, principalmente nessa fase do ano.
Seguem algumas dicas bem práticas para prevenir e combater a ansiedade de final de ano:
- Não se sobrecarregue: dica preciosa para um final de ano saudável. Muita gente acaba centralizando muito as coisas e tentando carregar o mundo nas costas: Vou bater as metas na empresa, comprar todos os presentes, me exercitar diariamente, programar as festas, planejar as férias, marcar presença em todos os eventos sociais, etc. Todo mundo tem um limite. Respeite o seu. Aprenda a dizer não e evite se comprometer com aquilo que não vai dar conta de fazer com qualidade. O estresse físico e psíquico são fontes inesgotáveis de sintomas ansiosos.
- Gerencie seu tempo: o tempo é a variável mais importante da vida. E infelizmente não damos a devida atenção a isso. Fazemos as coisas com pressa e por vezes no modo “multitarefa”. Fazendo tudo rápido e ao mesmo tempo baixamos a qualidade e aumentamos a taxa de erros e frustração. Tempo não se produz, a única forma de ter mais tempo é reduzindo o desperdício. Procure simplificar tudo ao máximo, priorize o que é importante, delegue atividades para as pessoas de sua confiança, antecipe tudo que for possível e evite perder tempo em filas, transito, múltiplas idas ao shopping, ou mesmo em redes sociais.
- Organização: muitas vezes, o cérebro ansioso traduz a expressão de um ambiente tumultuado e sem organização. Procure colocar no papel seus afazeres importantes de final de ano, defina uma estratégia lógica e factível, sem fantasias. Entenda que sempre haverá imprevistos, bem típicos dessa época, portanto exercite seu raciocínio na definição de planos B, ao invés de jogar todas suas fichas em uma única alternativa.
- Exercite projeções otimistas: o clássico dos ansiosos é ficar fazendo projeções negativas do futuro, o famoso “e se”… e se chover, e se faltar comida, e se ocorrer um acidente, e se não der tempo, e por aí vai. Para piorar a ansiedade tem o poder de ampliar a percepção da desgraça, fazendo um problema relativamente pequeno virar o pior do mundo. Fazer projeções é planejar, e isso está ok! Mas, é fundamental exercitar a lógico de futuro mais provável e sempre que possível exercitar o otimismo (pensar conscientemente em versões de futuro que dão certo), isso certamente trará alívio na pressão antecipatória. Garantir o sucesso de algo com 100% de certeza é impossível, uma vez que tudo passa por algumas variáveis não controladas por você. Outra dica é desconstruir o cenário desfavorável: se não der certo, não deu! Fiz o possível. Ou: se der errado, aprendemos e acertamos na próxima. Essa pseudo-resignação aumenta sua confiança e sua chance de sucesso. O ansioso precisa de vez em quando lembrar eu cérebro de que não é o fim do mundo.
- Foco no presente: E aqui eu não estou falando do presente de Natal, mas sim no tempo presente, no agora.Muitos ansiosos acabam vivendo em um mundo de expectativas e perdem o poder de execução e vivência do presente. O futuro se presta apenas ao planejamento. Mas a única dimensão de tempo real e passível de intervenção é o presente. Direcione com mais frequência sua atenção para o momento vigente, para a situação em curso, para os problemas atuais, sem dúvida será um exercício interessante contra a ansiedade.
- Aprenda a lidar com adversidade: fundamental. Quer testar sua ansiedade? Coloque-se diante de uma adversidade. Alguém mais ansioso tende a amplificar a experiência, projetar com pessimismo desmedido e agir com rapidez e impulsividade, o que nem sempre é recomendado. A ansiedade torna os problemas urgentes, mesmo que a grande maioria deles não sejam, fazendo com que alguns decidam sem conhecer todas as variáveis. Diante de um problema busque sempre a tranquilidade, respiração lenta e dê tempo para cérebro trabalhar, quando mais melhor. Superar adversidades torna as pessoas mais fortes, como dizem: “Mar calmo não faz bom marinheiro”.
- Mantenha uma rotina anti-estresse: claro que, além das posturas comportamentais indicadas acima, é sempre recomendado manter válvulas de escape para o estresse. Procure estabelecer uma rotina com atividades físicas regulares (principalmente aeróbicas), controle seu padrão de sono (mantendo uma regularidade saudável), invista em lazer, atividades sociais e momentos de meditação, reflexão ou leitura, colocando seu cérebro em uma rotação mais tranquila e serena.
Em caso de manutenção de sintomas, procure ajuda especializada, uma vez que existe tratamento medicamentoso e não medicamentoso para o transtorno.